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Roubo de carros cresce na maioria dos bairros do Rio; aumento em Vila Valqueire, Praça Seca e Tanque chega a 118%
O roubo de veículos cresceu na maioria dos bairros do Rio de Janeiro do ano passado pra cá, principalmente nas zonas Norte e Oeste.
Investigações revelam que quadrilhas estão usando esse tipo de crime para lucrar e trocar por armas e drogas. Traficantes e milicianos participam dos grupos criminosos.
As regiões com os maiores aumentos no roubo de carros:
- Na região de Vila Valqueire, Praça Seca e Tanque foram 84 roubos de janeiro a maio de 2022 e 183 este ano – um aumento de 118% e uma média de 37 carros roubados por mês.
- Na região de Irajá e Viocente de Carvalho o roubo de carros crescentou 82%
- Na Cidade de Deus e Jacarepaguá- 76%
- No Engenho Novo e Jacaré – 55%
- Em Madureira e Cascadura – 77%
- Em Del castilho e Inhauma – 38%
Oficinas de clonagem
Ontem a polícia encontrou mais de 20 carros que tinham sido roubados em diversos bairros do Rio numa única favela – a Maré. A Polícia Civil mapeou oficinas de clonagem de carros em várias favelas do Rio:
- No Morro dos Prazeres, no Centro;
- Nova Holanda e Parque União, na Maré;
- Complexo do Alemão, na Zona Norte;
- Lins de Vanconcelos, na Zona Norte;
- e no Compelxo da Maré, na Zona Norte.
Na Maré, só nesta terça, políciais encontraram 28 carros roubados. Os registros de ocorrência desses veículos mostram que motoristas estão correndo riscos em toda a cidade. Os carros encontrados na Maré foram achados nos seguintes bairros:
- Manguinhos – modelo não informado
- Higienópolis – modelo não informado
- Sao Cristóvão – Creta
- Benfica – Creta
- Madureira – Creta
- Parada Angélica – HB20
- Santa Cruz – Compass
- Linha Vermelha/Caju – Renegade
- Maracanã – Kicks
- Triagem – Kicks
- Bonsucesso – Pajero
- Linha Vermelha/Cidade Universitária – Kicks
- Cachambi – Creta
- Cascadura – Onix
- Vila Valqueire – Tracker
- Valverde- Kicks
- Bonsucesso- Renegade
- São Cristovão- Outlander
- Vargem Pequena – Rengade
- Nilópolis- Fiorino
- São Cristóvão – BPM
- Guaratiba – Honda WR
- Andaraí – Porshe
“Eles realizam o roubo pq eles fazem isso aí como se fosse uma empresa. Eles fazem divisão de tarefas: aqueles que vão para rua e fazem o roubo ficaram aliados a essa parte da quadrilha que é especializada na clonagem e com isso utilizando da logistica que o tráfico acaba permitindo a elas porque acaba dando uma proteção territorial. Acaba tendo uma dificuldade para a polícia ingressar nesses territórios porque necessita de grandes operações. Então, nesse teritório eles têm local para fazera a clonagem e com isso conseguem ter a tranquilidade para preparar o veículo e revender até por valor proximo ao mercado”, diz o delegado Álvaro de Oliveira Gomes.
A investigação revelou que carros roubados e clonados no Rio estão indo pra Bahia, Minas Gerais, Goiás, Ceará e até para o Paraguai.
A prioridade da força tarefa da polícia agora é identificar todos os chefes das quadrilhas que estão dando ordem pra roubar os carros – e são muitos, porque o crime envole traficantes e milicianos. Além disso, os policiais tentam obter outras provas das conexões desses criminosos com quem encomenda os roubos, quem faz as clonagens e quem compra.